Sadhana Pada, Sutra 2.50 - bāhya-abhyantara-stambha-vṛttiḥ deśa-kāla-saṅkhyābhiḥ paridṛṣṭaḥ dīrgha-sūkṣmaḥ

A respiração se regula nas fases externa, interna e suspensa, sendo longa e sutil, com atenção ao tempo, espaço e contagem.

Tradução literal:
“A função do prāṇāyāma envolve a interrupção (stambha) da respiração interna e externa, com base no espaço (deśa), tempo (kāla), e na força do corpo (śarīra-śakti).”

🔍 Termos principais:
• bāhya – externo (respiração externa);
• ābhyantara – interno (respiração interna);
• stambha – interrupção, cessação;
• vṛttiḥ – movimento, atividade;
• deśa – espaço, local;
• kāla – tempo;
• śarīra-śakti – força do corpo;
• śvāsa-praśvāsa – respiração.

No Sutra 2.50, Patañjali detalha os aspectos específicos do prāṇāyāma, que envolvem o controle sobre a respiração tanto externa (bāhya) quanto interna (ābhyantara), e como a interrupção do fluxo respiratório pode ocorrer com base em três fatores:

1. Deśa (espaço):
◦ O local onde o praticante realiza o prāṇāyāma pode influenciar a prática.
◦ Idealmente, é um lugar tranquilo e limpo, onde o ambiente não distraia.

2. Kāla (tempo):
◦ A duração do prāṇāyāma também deve ser ajustada para ser adequada às condições do praticante.
◦ Pode envolver o controle de respirações rápidas ou mais longas, dependendo da prática.

3. Śarīra-śakti (força do corpo):
◦ A capacidade física do praticante de sustentar o prāṇāyāma sem tensão ou esforço excessivo.
◦ Deve-se adaptar a prática de acordo com a força e resistência do corpo.

Portanto, o controle da respiração pode ser feito externamente, como em prāṇāyāma com a expiração externa ou interna, e também por meio de retenções (kumbhaka), envolvendo as fases de início, meio e fim da respiração.

📚 Comentário de Vyāsa:
Vyāsa comenta que o prāṇāyāma não se limita à respiração simples. Ele se trata de um movimento consciente e controlado da respiração que leva à purificação das vias respiratórias (nāḍīs) e proporciona uma transição suave para estados meditativos profundos.

🧘 Aplicação prática:
• Comece o prāṇāyāma observando a respiração e praticando a respiração abdominal;
• Gradualmente, experimente as retenções (kumbhaka), começando com retenções curtas e ajustando o tempo conforme necessário;
• Faça a prática de acordo com o seu corpo e ajuste a intensidade do esforço para manter a respiração livre de tensão. 

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