Samadhi Pada, Sutra 1.45 - Sūkṣma-viṣayatvaṁ cāliṅga-paryavasānam

A meditação em objetos sutis pode ir até o estado onde não há mais características distinguíveis (aliṅga).

Explicação:
• "Sūkṣma-viṣayatvaṁ" – O fato de ter um objeto sutil como foco.
• "Ca" – E.
• "Aliṅga" – Sem sinais, sem características, sem forma.
• "Paryavasānam" – Conclusão, término, ponto final.

Neste sutra, Patañjali indica que a meditação pode se aprofundar cada vez mais, até atingir o nível mais sutil da realidade, onde não há mais forma, distinção ou conceito.

Nos estágios anteriores:
✅ O foco da meditação podia ser um objeto físico (savitarkā e nirvitarkā).
✅ Depois, passava para objetos sutis (savicārā e nirvicārā).
✅ Agora, a meditação pode ir além de qualquer manifestação visível ou sutil, chegando ao estado aliṅga, onde não há mais sinais ou marcas que possam ser percebidos.

Esse estado se refere à experiência da natureza última da realidade, onde até os conceitos mais refinados desaparecem.

Significado mais profundo:
🔹 Este sutra indica que a meditação pode penetrar os níveis mais profundos da criação, até chegar ao estado primordial da existência, onde não há mais forma, nome ou conceito – apenas pura consciência.
🔹 Esse é um estágio extremamente avançado, levando diretamente ao samādhi, a completa absorção na Verdade.
🔹 Aqui, o meditador abandona até mesmo os objetos sutis da mente e experimenta o absoluto, sem intermediários.

Nos próximos sutras, Patañjali começará a explicar os efeitos e benefícios desse nível profundo de absorção meditativa.

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