Sadhana Pada, Sutra 3.2 - Tatra pratyayaikatānatā dhyānam

A continuidade do fluxo de consciência em torno de um único objeto é chamada dhyāna (meditação).

🔍 Termos principais:
• tatra – ali, nesse contexto (em dhāraṇā);
• pratyaya – conteúdo mental, impressão, ideia mantida na mente;
• ekatānatā – fluxo contínuo, sequência ininterrupta;
• dhyānam – meditação.

Esse sutra define dhyāna como a continuidade ininterrupta da atenção sobre um único objeto.

Comparando com dhāraṇā:
• Em dhāraṇā, o praticante esforça-se para manter a mente em um ponto — ainda pode haver distrações.
• Em dhyāna, esse foco se mantém com fluidez e constância, como um fluxo de óleo ininterrupto (taila-dhārā).

Ou seja, a mente mergulha no objeto e permanece ali, absorvida, sem saltar entre pensamentos.

🧘 Exemplo prático:
Você está focando na chama de uma vela.
• Em dhāraṇā: precisa trazê-la de volta toda vez que ela se distrai.
• Em dhyāna: a mente permanece espontaneamente na vela, e o foco é contínuo e profundo.

📚 Comentário de Vyāsa:
Vyāsa diz que o pratyaya (conteúdo mental) não muda durante o dhyāna. Ele também enfatiza que dhyāna é uma extensão estável de dhāraṇā, onde a mente já não precisa se esforçar tanto para manter-se firme — é como se estivesse naturalmente presente no objeto.

🪔 Em resumo:
Dhyāna é meditação contínua, sem interrupção, sobre um único objeto de concentração. A mente não vaga: ela flui constantemente em direção ao objeto, como um rio calmo.

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